Entre 1832 e 1857 Portugal conheceu uma transformação social, política e
territorial profunda que se exprimiu nas suas finanças públicas e não tem
paralelo senão com as que se deram após o 25 de Abril de 1974.
As transformações que Passos Manuel e o seu irmão José Passos testemunharam
e nas quais participaram com posições e níveis de intervenção cujo caris foi evoluindo
ao longo do período culmina com a ditadura setembrista. Neste processo questões
como os bens da coroa, os forais, os empréstimos exteriores, as despesas
militares, as indemnizações, as expropriações dos vencidos, os bens nacionais e
a sua venda e as tarifas alfandegárias foram fulcrais.
Muitas destas questões entrelaçam-se implicando um grande número de
políticos, representantes diplomáticos, funcionários e negociantes. Existe
concomitantemente um grande número de documentos cuja exploração e descoberta é
hoje um desafio que propomos aos investigadores.
Doutora Magda Pinheiro